Solitude
Solitude
Estamos sendo solicitados a abrir mão do convívio social com amigxs e familiares por um bem comum, disso já falamos, mas o que esse isolamento tem nos mostrado é o desafio de termos que lidar com nós mesmos, com a nossa própria companhia.
Tenho visto muto conteúdo excelente com dicas sobre como podemos “nos ocupar” e aproveitar o “tempo livre” sem sair de casa. Mas, ao mesmo tempo, isso me faz pensar sobre o que acaba gerando essa necessidade. Com tanta informação e tanto entretenimento, é comum ter dificuldade pra lidar com a falta do que fazer, parece que fica um vazio, uma sensação de improdutividade. Todos estamos sentindo isso.
Não é pra menos. Todo o tempo, somos solicitados a produzir algo, a fazer algo de bom, a aprender coisa nova e a responder a todos os estímulos e, quando algo nos falta, a angústia aparece.
Gosto muito do termo solitude e, acredito, abre possibilidade de pensar sobre esse momento, pois ele ensina que estar sozinhx (ou em isolamento social, no caso) não é necessariamente ruim se soubermos apreciar nossa própria companhia e, com isso, acessar (e aprofundar) nossos próprios pensamentos, sensações, sentimentos, promovendo uma forma de autoconhecimento e autoaceitação. Não é preciso parar tudo que estiver fazendo pra isso acontecer, basta você se permitir aproveitar o momento com você, seja no banho, cozinhando, lendo, escrevendo, estudando, assistindo filmes ou séries. Permita-se conhecer seus limites, suas fraquezas, seus feitos positivos e poderá se surpreender consigx mesmo, além de ser uma excelente forma de cuidar da sua saúde mental.
Se sentir que precisa de alguma ajuda externa, conta comigo.
