CinePsi: História de um Casamento
CinePsi: História de um Casamento
Produções artísticas e culturais são formas de expressão poderosas e capazes de gerar reflexões profundas em quem tem acesso a elas, por isso, podem ser ferramentas de trabalho na Psicologia. A literatura e o cinema, dentre as diversas possibilidades, são as mais acessíveis e comuns e, particularmente, são as que mais mexem comigo e que me fazem produzir e dar sentido às minhas experiências (@literapsi tá aí pra comprovar 💛). ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Vou abrir um espaço aqui pra compartilhar algumas dessas reflexões sobre leituras ou filmes pra gente conversar. E vamos ao primeiro #cinepsi! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
➡️ Assisti “História de um casamento” (um dos indicados ao Oscar) há algumas semanas e me marcou como abordaram a experiência de um divórcio. Lembro que, quando soube a sinopse do filme, fiquei indignada pelo pôster ter me gerado expectativas de romantismo, mas, depois, entendi. O filme fala de amor mesmo, amor entre um casal, entre uma família. E todo amor vem cheio de expectativas de um final feliz. Pra construir um final feliz, dentre inúmeras coisas, o casal do filme esqueceu que precisaria contar com a individualidade de cada um, com a história de vida, com as raízes das duas partes. Ao formar-se, um casal deve virar a+b=c, ou seja, algo tem que ser construído a partir das unidades e é necessário ter espaço pra isso. Pra um abrir mão de algo em prol do outro, pro outro reconhecer algo pro um, de forma a fazer dessa fórmula uma real soma e não uma subtração. A separação, seja ela qual for, é extremamente dolorosa quando reconhecemos a falta (de algo ou de alguém) e passar por esse processo requer forças que façam com que saibamos lidar com a ausência de algo que, antes, preenchia um todo (ou que imaginávamos preencher). Será que é tão fácil?!
